terça-feira, 15 de dezembro de 2009

As noites de verão

As noites de verão eram sempre quentas lá fora, mas aqui dentro, era apenas o frio que à consolava.
Presa no vazio de uma dor que não tem cura, sufocada por um amor sofrido, era assim que ela se sentia.
Agora, trancada no escuro, ela dormia, mas não tinha um motivo para acordar. Ela se olhava no espelho e via a lagrima escorrer pelo seu rosto marcado da violência de um amor, de um amor que em segredo foi mantido.
"- Foi em vão, ter-te amado tanto, e em troca eu recebi essa solidão"
A música que tocava na igreja, era assim que marcava os dias nas paredes. Foi em vão, imaginar que dali ela sairia, foi em vão imaginar que alguem à esperaria lá fora.
Aos poucos seus olhos foram se fechando, o pulso foi parando e a sua alma à deixando... 

                                   Marcela Alves

Um comentário:

Qualquercoisa disse...

É, infelizmente há feridas que são tão profundas que serão eternas...

Se é frio á solidão se instala e nos sufoca...

Abração...te adoro