quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Das Cartas que eu não Enviei I





Tenho tido dias tão carentes, onde apenas abraços e Milk Shake’s seriam o suficiente para não me deixar abater. As semanas têm sido arrastadas e finais de semanas mais longos ainda. Espero que os teus dias estejam sendo melhores e mais doces do que os meus.


Tenho pensado muito em você, mais à tardinha, quando posso passar horas no face book, procurando algumas respostas. Nessas horas aproveito também para conversar com Caio F. A., Ele tem me ajudado bastante. Principalmente quando escreveu “Boas e bobas são as coisas todas que penso quando penso em você.” Essa eu tive que escrever em minha agenda em um daqueles dias em que nós estávamos juntos.

Penso muito na gente à noite, quando fico sozinha em meu quarto e isso tem me deixado com problemas para dormir. Tenho imaginado se fomos rápidos de mais ou se todo o desejo que tínhamos acabou se poderia ter dado certo ou não.

Lembro-me do dia dos namorados em que ficamos em seu quarto. Conversamos muito naquele dia. Mais o meu preferido ainda foi você aqui no meu quarto, o meu travesseiro ficou com seu cheiro durante um bom tempo (eu o abraçava todas as noites).

Pelo menos eu tenho plena certeza que você vai sempre estar por perto, de vez em quando perguntando como foi o meu dia ou como está a minha vida. A gente sempre vai se encontrar disso tenho certeza.

Marcela Alves


'Daqui a 50 anos eu ainda vou saber seu nome e vou me lembrar de todas as vezes que você me fez sorrir'

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

- Ei mulher, De Você só Quero Amor. E mais nada!

Planta E Raiz




Havia um pouco mais do que só desejo em seu olhar. E nela que dançava ao som de Planta & Raiz, havia muito mais do que sapatos e roupas, até porque os sapatos estavam jogados na areia fina da praia. Talvez tenha sido a simplicidade dela que atraiu o olhar dele.

No começo foi assim, um reggae de fundo e os pés descalços a beira mar. Ele achava graça. Diversas vezes passara a mão em seu rosto e dissera como achara lindo o vento soprando em seus cabelos.
Os encontros tornaram-se menos isolados e nem precisou da frase clichê “Você aceita namorar comigo?”. As mãos se encontraram sozinhas.

Diversas vezes em seu quarto onde na parede tocava Bob Marley, ela deitará sem timidez em sua cama enquanto ele ficará a fazer versos com seu violão desafinado. Cantando pra ela, vivendo pra ela.

E assim passaram-se anos até o dia em que ela o deixou com um bilhete na mesa de jantar.

Ele se mudou também, saiu do litoral, rasgou as fotos, queimou os CD’s se desfez de tudo que lembrava a moça de cabelos dourados que dançava a beira mar. Deixou de comer cereal de manha, de andar descalço e de ouvir seu reggae. Deixou de viver, ignorou os detalhes só para a saudade não ficar batendo em sua porta até o dia em que ela voltasse. Mas não voltou.





Marcela Alves




domingo, 11 de setembro de 2011

Como disse o Rei..


"Toda forma de amor vale uma canção"(...) - Roberto Carlos Jerusalém



Essa é a nossa amor.. ♥

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Encontrei perdido por ae...



Você não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu que meu cabelo cresce que os meus olhos estão menos melancólicos.


Não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Não sabe que eu nunca mais me atentei para saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável.

Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Não sabe que desde que não compartilharmos mais, eu tive que me tornar minha melhor companhia: nem imagina que foi você quem me ensinou esta alegria.

(...)

Acho que não precisava ser assim. É tudo tão forte, tão profundo, tão bonito, não precisava doer como dói. Eu não podia apenas sorrir quando me lembrasse de você?Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante à pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você esta me sinto despedaçar por inteira. Sabe a sensação de arrancar doce de uma criança?

Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença.

Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço para Deus cuidar da gente e amenizar essa dor.





(C.F.A)

sábado, 3 de setembro de 2011

Museu de Bolso

 Texto: Amanda Rahra - Revista Sorria


Carrego ele por toda parte - até porque nunca se sabe quando, onde, como e porque aquele fio de pensamento vai surgir. Pode ser uma boa ideia, uma descrição emocionante, uma lembrança, um novo contato ou uma frase de efeito dita por alguem - e ficaria perfeita na minha boca. É nele que registro tudo isso. Sem me preocupar com datas, letra caprichada nem caneta colorida. Sem a pretensão de que um dia isso se torne uma grande obra, um projeto de vida ou um simpres e-mail para um amigo que esta longe. É só para ter comigo uma coletânia de pensamentos de mim mesma. Como se fosse uma polaridade de memórias. Muitas vezes, em forma de garranchos - quando a pressa em guardar o pensamento não pode esperar por uma mesa nem por tempo livre. Para ocasiões especiais, como viagens, sejam elas a trabalho, sejam de férias, eu costumo inaugurar um novo capitulo, pois é geralmente nesses momentos mais extraordinarios que percebo melhor as sinapses trabalhando. Isso não significa que tomar banho, sair para balada ou assistir a uma aula não sejam inspiração para mais uma frase em suas folinhas - sim pequenas, pois assim posso levar até no bolso da calça. Não coleciono selos, latas, papel de carta, moedas nem conchinhas. Mais sou uma colecionadora de pensamentos. E meu museu é meu caderninho.