quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sobre os Amores que não Acontecem IV



4 – Amores Passageiros
(final)



Aviam-se desencontrado diversas vezes. Não sobrava mais tempo, talvez não sobrasse mais tanto sentimento também. André andará por outros caminhos, outras festas, outras pessoas e outros momentos com sua ex-amada. Samantha ficava apenas na expectativa, na espera constante que não lhe era uma boa companheira.
Encontraram-se mais uma vez e não havia mais tanto desejo, o que havia era uma espécie de rotina, como se um não quisesse perder o outro, mas também não faziam com que o “relacionamento” evoluísse.
Acabou assim. Simples e doce. Como quem come brigadeiro de panela em noites de chuva assistindo a um romance na TV. No começo Samantha ficou desolada, mas com o passar dos dias se acostumou. Novos amores apareceram e mudaram tudo outra vez.
André continuou como se não houvesse nada e não havia. Continuaram a suas vidas e manterão a amizade que existia há tanto tempo.



- Foi bonito e breve, como a curta vida de uma borboleta.



- Marcela Alves

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sobre os Amores que não Acontecem III

  

3 – O encontro dos Corpos

Depois de alguns encontros com o moço dos olhos de mel, Samantha estava se apaixonando aos poucos e com toda a sua leveza e simpatia conquistará André também.
Após um exaustivo dia de trabalho, seu celular tocará em meio ao transito da grande metrópole. Atenderá com um enorme sorriso estampado em seu rosto e dissera sim ao pedido de André.
Samantha esperava ansiosa no sofá de sua casa. Vestirá um, sobretudo branco com um vestido escuro. Ao ouvir a campainha contou até dez e assim abrirá a porta.
Lá estava André todo de preto, cabelos bem tratados, todo elegante. Desajeitados e nervosos desceram do prédio e foram até o carro.
Ao entrarem no teatro sentaram-se na terceira fileira com uma ótima visão. Assistiram a apresentação musical e logo saíram, caminharam um pouco juntos de mãos dadas. Ao chegarem á uma bela praça cheia de arvores e bem iluminada começou a cair os primeiros pingos de chuva, saíram imediatamente, a chuva aumentava a cada instante e ao entrarem no carro estavam ensopados.
André levará Samantha até a sua casa que era mais perto, dará uma muda de sua roupa que ficará grande de mais. Samantha invadirá a sua cozinha e fizera um chá para esquentar seus corpos frios e úmidos.
Depois do chá e de muita conversa sairá o primeiro beijo da noite, o primeiro afago nos cabelos. Dessa vez havia mais sentimento, mais intensidade, não foi sem significado. A noite acabará e dormiram por ali mesmo, no chão da sala entrelaçados e aquecidos.
André acordará antes e observará a bela moça que dormia em seus braços. Pensará: “Será que é amor? E se for, posso pedir para que fique??”



- Marcela Alves

sábado, 6 de agosto de 2011

Sobre os Amores que não Acontecem II


2 – O começo do Sentimento.




Passaram-se dois dias até o primeiro telefonema. Na tela do seu celular dizia André chamando, mas claro que Samantha jamais atenderia assim na primeira tentativa. Esperou ele tentar pela segunda vez e assim atendeu deixando tocar algumas vezes.
Um sorriso no belo rosto de Samantha foi se abrindo em quanto André dizia “– O que houve? Você sumiu. Aconteceu alguma coisa?”
Samantha ficou feliz por ver sua modesta preocupação.
Combinaram outro encontro, dessa vez à noite em um barzinho no centro movimentado.
Lá se foi muita conversa jogada fora e algumas cervejas. Passaram-se horas e enquanto se conheciam ainda mais algo de novo foi surgindo no coração de André, pois o de Samantha já havia algo desde o primeiro contato à quase dois anos a trás.
Ao terminar a noite, André levará Samantha para casa e ao deixá-la em seu prédio pedira um beijo. Ela mexendo em sua chave um pouco nervosa não pensou duas vezes e assim terminaram a noite.
Samantha deitará em sua cama com sua agenda para relatar a belíssima noite. André por outro lado dormirá sorrindo sem saber o que era aquele sentimento que procurava um espacinho em seu modesto coração.



- Marcela Alves