sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

retrospectiva

Há, bom mesmo é sentar na areia branquinha da praia, olhar aquele mar imenso beijando o ceu no fim de tarde e pensar que foi muito boa aquela festa perto da praia em que voce bebeu um pouquinho a mais e ficou com dor de cabeça no dia seguinte, mas mesmo assim valeu a pena.

Lembrar daquele show de uma banda não muito conhecida mas que voce amou, principalmente a parte do cara bonitinho que voce conheceu.
Bom mesmo é sair para dar uma volta na rua da praia com algumas amigas, e ir parar em uma balada na cidade vizinha só porque voce descobriu que o carinha que voce gosta vai estar lá.
O bom é voce descobrir que a sua banda preferida vai tocar na sua cidade. Ai voce espera o dia todo, faz aquela produção e sai com as amigas o mais rapido possivel, mais ainda assim chega depois de duas musicas. Se expreme toda para chegar até a frente só para ver a banda de pertinho cantar aquela musica que marcou um momento da sua vida.
O ruim é só lembrar dos amores que ficaram pela metade, que acabaram ou os que voce acha que acabaram. O ruim é ver aquele fim de tarde virando noite, é lembrar que todas aquelas festas, todas as tardes na praia com os amigos, todas as loucuras feitas para ver um garoto, todas as baladas inesqueciveis, festinhas de aniverssario e até os show’s que voce foi e não se lembra do cantor, só foi porque era de graça e não tinha nada melhor para fazer, mas se lembra que a noite foi inesquecivel, lembrar dos amigos que fez no carnaval passado e que ainda sim trocam e-mails e telefonemas, como se fossem velhos amigos, e ainda marcam de sair a noite. O ruim é só lembrar que está chegando ao fim, e uma nova era se aproxima. Mas o bom, é os amigos conquistado durante provas de vestibular ou na fila da balada. O bom é a certeza de que voce aproveitou muito bem o ano e enfrentou todos os obstaculos com determinação e que voce está realmente pronto para o futuro que se aproxima, os novos obstaculos, as novas festas, os novos empregos, namorados, ficantes e claro as novas baladas.

E que venha o futuro.



Marcela Alves


Desejo um feliz ano novo a todos os blogueiros! Que esse ano venha cheio de paz, amor, e muiita armonia.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Entrelaçada em um silêncio cortante que preenchia seu quarto, olhou as giletes que estava na mesinha de cabeceira junto à cama.
Como pode haver tanta dor em tão pequeno coração??
Sem nenhuma piedade de sua carne, passou de leve a gilete em um de seus pulsos e logo saiu-se o sangue como quem abre um enlatado.
E a noite terminou com sengue que foi colocado no chão e uma jovem exposta em seu quarto frio. Todos na pequena cidade diziam que a melancolia havia tomado conta de todo o seu ser. Havia tristeza de mais.

Marcela Alves

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Deitou-se no sofá, e ali permaneceu por longos minutos. Olhando para TV, ouviu todos os noticiarios, propagandas e cenas. Paralizou seus movimentos e apenas sentiu seu coração triste e confuso bater. Suas batidas pareciam mais com soluços de um longo choro.
A chuva torrencial insistia em cair do lado de fora. Levantou-se de vagar e olhou pela janela.

“Que tivesse passado por despercebido, que tivesse sido apenas um nome, apenas uma converssa qualquer e não um momento intenso, caloroso e provocante. Que tivesse acabado ali e não continuado dentro de mim. Que tivesse sido um adeus e não até breve”

E ali ela permaneceu por dias à espera de seu amado, mas foi em vão...



Marcela Alves

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A Ultima Noite


Só algumas horas com todos juntos, fazendo caretas, piadas e brincadeiras. Só mais uma vez, uma vez de gente grande finjindo ser criança, não querendo encarar as responsabilidades que vira.

Conquistamos um mundo que de certa forma não queriamos conquistar, não tão rapido. Deixamos de ser adolescentes complicados, e viramos consumidores capitalistas, cheios de sonhos e desejos.
Fomos todos especiais e inesqueciveis, cada um de sua maneira. E nós não dizemos Adeus de forma alguma, dizemos apenas até breve.



Marcela Alves

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Refugio

Caminhava por ali todas as tardes. Olhava por entre as arvores altas que pareciam riscar o ceu e procurava um arbusto confortavel, que lhe servira de travesseiro.
Deitada ali por entre as folhas, na terra úmida. O coração apertava de tanta dor, as lagrimas rolaram de seu queixo e se aconchegaram na terra que se encharcava cada vez mais.
Os gritos ecoavam pela mata,o coração se desapertava, por falta de lagrimas,os olhos secavam e a calmaria encontrava os gritos que se calaram os poucos.
Ao anoitecer, a escoridão profunda se entrelaçava com sua alma encharcada de melancolia.
Secou o rosto ainda molhado, levantou-se e limpou as roupas. Saiu sem olhar para seu refugio, caminhou durante alguns minutos e saiu de um lado da estrada. Do outro estava sua casa, branca com porta e janelas azuis.
Colocou um sorriso no rosto e voltou para sua grande mentira que todos chamavam de vida.



Marcela Alves

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os Tempos de Colégio

Ana estava parada no corredor, perto do seu armario. Com a michila nas costas observará as mensagens em seu celular.

Usava seu vestido simples sem muito detalhe com a sapatilha de boneca que comprará em uma liquidação há alguns meses.Como se já estivesse planejadoolhou para o lado sem um foco determinado e seus cabelos escuros, com a leveza do momento foram jogados para de traz de seu ombro.
Ele passará lentamente, usava o corredor como passarela. Era incrvel como ficava perfeito quando usava camisetas vermelhas.
O mundo de Ana parará, toda vez que via-o passar. Ana o observara.
Converssava com os atletas e lembrava aos amigos sobre o jogo de domingo. Claro que Ana iria ao jogo, imagina, perder a chance de ver seu amado sem camisa por uns cinco minutos?Jamais!
Depois que ele passara, a garota meiga e simpatica, voltava para sua vida monotona que tanto zelava.
Poderia ser apenas no seu mundo, mas Ana jamais abrirá mão dos segundos no corredor que á deixava em completo êxtase.

Ana preferia o anônimato.







Marcela Alves

domingo, 5 de dezembro de 2010

Lua Nova - 4. O Despertar



O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossivel. Mesmo quando cada batidado do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.


Stephenie Mayer