segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tudo se resolve um dia

Ela estava sentada na sala deaula, ouvia o professor falar alguma coisa, mas ela só percebia que ele mexia a boca.

O desenho em seu caderno condenava o seus pensamentos. O menino ajoelhada com um coração na mão e sorrind, a frase escrita a baixo do desenho, estava sendo contornada de caneta preta: As pessoas sempre vão.
Os seus pensamentos questionavam os ultimos acontecimentos: Como alguem pode se tudo na vida de outra pessoa em um dia e no outro finjir que nada aconteceu e sumir no mundo como se tivesse esquecido??
Seus pensamentos foram interrompidos pela régua que o professor bateu na sua mesa. A sua vontade era de tacar a mesa nele, ela não gostava da materia e muito menos do professor que cheirava á cigarro.
Voltou para sua casa. Cabeça baixa, mochila de lado e fones no ouvido. Depois do almoço, subiu até seu quarto, jogou a mochila na cadeira perto do PC, tirou os sapatos e os guardou no armario junto aos outros. Colocou um CD do Oasis e deixou rolar não muito alto, percebeu que havia um papel um cima da cama, um bilhete. Um papel amarelado com bordas brilhantes.
Sentou-se na beirada da cama e começou a ler.



“ Querida Ana
Desculpe não ter aparecido antes, andei ocupado nos ultimos dias, mas claro que isso não justifica a minha ausência.
Não queria lhe dizer, nem lhe preocupar. E muito menos fazer voce sentir pena de mim. Preferi sair de sua vida antes que começasse a cair o cabelo, você gostava tanto de passar as mãos nele.
Minha bela Ana, não me entenda mal, mas estou muito doente. Esrou naquela clinica onde voce dizia ter um jardim lindo. Me desculpe não ter lhe contado antes, não queria fazer voce sofrer.”

Ana saiu com um bilhete em uma das maos enquanto a outra secava as lágrimas. Pegou a bouça vermelha que continha um quantia suficiente em dinheiro e saiu para a rua, pegou o primeiro tazi que estava por passar. Disse ao motorista o nome do hospital e sairam em disparada.
Chegando lá, disse a primeira enfermeira o nome do pacientee logo lhe enformou o numero do quarto.
Ana entrou. Ele estava sozinho, sem os cabelos ondulados, com a expresão abatida, estava vivendo seus ultimos dias.
- Como voce pode fazer isso comigo? Não pensou que eu poderia sofrer mais ainda se não soubesse o que esta acontecendo! Eu estou acabada!
Disse Ana com lágrimas saindo dos olhos. Andou rapido até o beira da cama. Ele com a voz baixa, fraca. Disse serenamente.
- Que bom que voce apareceu!
Ana, sentada na beirada da cama, começou a pedir explicações e passaram algumas horas juntos. Esclareceram tudo, disseram o quanto amavam um ao outro. Fizeram juras. Jamais a deixaria sozinha.
Quando os medicos entraram, Ana se levantou e ele já não respirava mais, o medico disse que já era esperado. Ana saiu desolada, as lágrimas voltaram a escorrer. Mas algo dizia bem perto do seu ouvido que jamais á deixaria sozinha.



Marcela Alves

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