sábado, 3 de setembro de 2011

Museu de Bolso

 Texto: Amanda Rahra - Revista Sorria


Carrego ele por toda parte - até porque nunca se sabe quando, onde, como e porque aquele fio de pensamento vai surgir. Pode ser uma boa ideia, uma descrição emocionante, uma lembrança, um novo contato ou uma frase de efeito dita por alguem - e ficaria perfeita na minha boca. É nele que registro tudo isso. Sem me preocupar com datas, letra caprichada nem caneta colorida. Sem a pretensão de que um dia isso se torne uma grande obra, um projeto de vida ou um simpres e-mail para um amigo que esta longe. É só para ter comigo uma coletânia de pensamentos de mim mesma. Como se fosse uma polaridade de memórias. Muitas vezes, em forma de garranchos - quando a pressa em guardar o pensamento não pode esperar por uma mesa nem por tempo livre. Para ocasiões especiais, como viagens, sejam elas a trabalho, sejam de férias, eu costumo inaugurar um novo capitulo, pois é geralmente nesses momentos mais extraordinarios que percebo melhor as sinapses trabalhando. Isso não significa que tomar banho, sair para balada ou assistir a uma aula não sejam inspiração para mais uma frase em suas folinhas - sim pequenas, pois assim posso levar até no bolso da calça. Não coleciono selos, latas, papel de carta, moedas nem conchinhas. Mais sou uma colecionadora de pensamentos. E meu museu é meu caderninho.



Um comentário:

Rafaela Cabral . disse...

Nossa mais que post mais lindo! Também sou uma colecionadora de pensamentos rs..adorei de verdade.
beijos doces