quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Diario de um Homem Apaixonado II

Setembro de 2009




Esse mês foi menos perturbador. No escritorio eles dizem que irei superar, é o que eles sempre falam. As vezes acho que não dei a atenção que Clarice merecia. Trabalhei de mais. Achei que estava tudo certo, sinceramente ainda não sei o que deu errado.
Boby agora me faz companhia, deitado no tapete que Clarice comprou e eu nem tinha percebido o quão vermelho ele era, combinava com a decoração. Boby sente falta de Clarice, dá para ver nos olhos triste dele.
Eu estava no computador e me lembrei de um filme interresante que haviamos assistido no cinema quando namoravamos.Ela nunca esqueceu, dizia que não se cançava de assistir. Lembro-me que no mesmo dia tiramos fotos juntos e ela fez um montagem parecida com a capa do filme.
Depois de me levantar ir na cozinha, tomar uma xicará de chá, raciocinei melhor e pensei que poderia dar certo. Olhei no relogio eram ainda 08:00 da noite de um feriado patetico. Peguei minha guitarra e a chave do carro.
Parei na frente da casa de seus pais, ela ainda estava em casa, consegui ver a luz de seu quarto acesa. Tirei a caixa de som, e conectei o cabo da guitarra. Comesei a cantar com minha voz desafinada praticamente implorei por sua volta.
A musica Always do Bom Jovi, soava de um jeito estranho. Eu não gostava do cantor mais de tanto que Clarice ouvia eu acabei gravando a letra.
Clarice apareceu na varanda, com o rosto palido parecia estar chorando. A vizinhança começou a olhar e as crianças a rirem da minha voz desafinada. Clarce me olhou, deu o seu sorriso de lado espetacular e entrou novamente.
Quando ela abriu a porta de entrada da casa de seus pais e apareceu com as pantufas de cachorrinho que eu havia lhe dado de presente, meu coração parou, a voz não saia e as mãos tremeram. Tentei me conter enquanto Carice se aproximava.
Ela me deu um abraço apertado me pedindo perdão. Disse que estava confusa mas que ainda me amava e que poderiamos fazer tudo diferente.
Eu a abraçei e disse que estava perdoada mais que não me desse outro susto dese.
Naquela noite saimos e esclarecemos as coisas. Falei que trabalha-rei menos e ela que pensara muito antes de sair de casa.
Enquanto voltavamos para casa, antes de entrarmos no carro, Clarice pegou na minha mão e me disse:
"Eu sabia que voce me amava, só não sabia o quanto.”



Marcela Alves

2 comentários:

Mila disse...

"Eu sabia que voce me amava, só não sabia o quanto.”

E por mais improvável que seja, no fundo no fundo agente sempre acaba com essa certeza encravada no peito. Mas a pergunta sempre é: O quanto amas?...
E essa é a mais difícil de ser respondida..

Nadine disse...

"Eu sabia que voce me amava, só não sabia o quanto." Ônw *-*, que lindo!

Beijos :*