domingo, 22 de junho de 2014

Aos vinte e poucos ..



Quando eu tinha 06 aprendi a andar de bicicleta, descobri como é maravilhoso tomar banho de chuva e aprendi como os animais são puros. 
Quando eu fiz 15, o kinderovo ainda custava um real e eu colecionei todos os seus brinquedos. descobri que nem todos são quem dizem ser e decepção as vezes é inevitável. Compreendi que o Príncipe Encantado é só parte de um desenho da Disney, e na vida real existe apenas pessoas que te fazem bem ou mal.    
Quando fiz 18 aprendi da pior forma que o amor machuca e que seria mais conveniente usar o cérebro ao invés do coração. Descobri que sexo não é bonito e sublime como todos descrevem. Que o tempo não para só porque estamos triste e sendo assim, aprendi que mesmo quando estamos tristes devemos sempre ir, sobre tudo em frente.  
Quando completei 20, a idade dos sonhos. Eu senti medo do mundo, da mudança, medo das escolhas que havia acabado de fazer. Medo de dar tudo errado e querer jogar todo pro alto, sair andando sem rumo e me perguntar "Que merda eu to fazendo da minha vida?".  
Agora aos 21 eu tenho a certeza de que tudo na vida passa, que as coisas acontecem por um motivo e quem é de verdade sempre vai estar presente mesmo quando estiver longe. Descobri assim, de repente que a tal felicidade não é constante mas esta presente nos pequenos detalhes fazendo da vida uma dadiva.  


Marcela Alves 


PS: voltando a ativa aqui

quinta-feira, 1 de agosto de 2013


 
 
“...É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor.”

- Caio Fernando Abreu

domingo, 21 de julho de 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Vamos Falar de Solidão I




Enquanto todos estavam mergulhados em profundos sonhos Camila, apenas observara as gotas de chuva que insistiram em cair na sua janela recém pintada de rosa.  
Camila se levantara meio zonzo e colocara os pés em patéticas pantufas em forma de cabeça de girafa, abrira o closet e pegara a coberta que julgar mais quente. Dali a muitas horas se levantara em um pulo reclamando do frio que faz em Porto Alegre, de Alegre não haverá nada, dias cinzentos e chuvosos deixavam Camila triste e pensativa.  
Camila não era tola, e  sabia que terá capacidade suficiente para viver sozinha mas, como todos, andava a procura daquilo que tanto lhe faltava.  

Não sejamos tolos, se não falta algo, falta alguém.  

MARCELA ALVES.