sábado, 25 de fevereiro de 2012

- Sobre o cavalheirismo que não mais existe.

Cadê o jogo da conquista? Onde estão os homens que ligavam no dia seguinte? Levando em consideração as ultimas experiência que tive, eles estão todos extintos. Como assim no final da noite ganhar um beijinho no rosto e um “Me liga amanha”? Espera ai, eu sou menina! Não tenho que ligar nada.  Quem tem que ligar é ele, e nem precisa me dizer que fico pensando em mim o dia seguinte todo. Só liga, pergunta como foi meu dia e me chama para sair de novo. É tão simples. Acho que para mim já esta tudo muito banalizado.
Ultimamente tenho ganhado latas de cerveja ao invés de flores, vê se pode? E ainda deixam as intenções bem claras, “me da um beijo hoje, depois a gente nem vai se encontrar mais mesmo”. E se eu quiser encontrar alguém de novo? Qual o problema? Não se pode beijar e continuar beijando a mesma pessoa por tempo indeterminado mais? O que está acontecendo com a humanidade? Alguém me explica?
Todos os dias, quando brinco com meus gatos Lulu e Maggie, sempre repito. “Os gatos é que são felizes, não se apegam não se envolvem e são todos assim. FELIZES.”   Há eu ando bem assim ultimamente. Se for para vir, que seja para ficar.!
- Marcela Alves
“Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada. Quero flores, quero doces, quero musica, vento, cheiros.”
- Caio Fernando Abreu.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval



"Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é filtrar emoções."
Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dá solidão que não evitamos




Mais uma noite da temporada de verão no litoral. Nada fora do normal, muita gente a maioria conhecidos, show na beira da praia, camarote e balada as 2 da manha. Tudo perfeito a não ser a carência do meu lado o tempo todo me dizendo que aquilo não é mais tão divertido, que não é mais legal.
Será que é pedir de mais? Aquelas perguntas clichês “você mora aqui mesmo?” ou ainda mais clichê “como faço para te dar um beijo?” Alguém pode deixa tudo isso para traz e querer realmente conquistar um coração. O meu, esta aqui, desesperado e exausto de ganhar beijinho no rosto no final da noite e apenas um abraço em publico porque as pessoas não devem saber que estamos ficando.
Dessa vez nunca esperei tanto pelo fim de uma temporada como espero o fim dessa. Tá certo que uma parte dessa minha ansiedade é o show do Capital Inicial que é justamente o ultimo, mas, vai ser aquela coisa. Eu gritando histericamente e cantando junto fora que horas antes do show estarei na primeira fila para observar eles passando o som enquanto minhas supostas amigas dizem como eles são feios e cantam mal porque apenas um MC é bom, apenas um cara falando de drogas e sexo é legal, eu sei, eu sei, estou cuspindo no prato em que comi, mas as pessoas mudam né. Não dá para ser assim a vida inteira, eu tenho o direito de escolher outras coisas, sempre fui tão diferente deles. Tenho o direito de expor minha opinião mesmo que todos sejam contra.
Só preciso aguentar mais uma semana, tem sido tão exaustivo ficar lá dando sinais esperando alguém interessante aparecer e ver apenas os sapos perguntando se estou “sozinha”, caramba, se estou com minhas amigas e não tenho aliança no dedo e muito menos fico olhando desesperada para o celular esperando msg’s de texto. È porque eu estou “sozinha” . Falta atenção, falta mais interesse. Cadê aquele jogo de conquista? Hoje em dia é só “você conhece algum lugar onde podemos ficar sozinhos?”
Claro que existem aquelas sapos que a gente chama de sapo passa tempo, dá um beijo e sai andando são bem uteis no carnaval que alias está as suas vésperas pelo menos aqui no litoral. Mas estou cansada de curtir sempre solteira, apenas jogando indiretas como as passadas de mão no cabelo ou simplesmente aproveitando daquela musica da moda.  Quando passa alguém gatíssimo, você se aproveita e canta “ai se eu te pego” ou “Ô lá em casa”. Seria pedir muito querer ter companhia para passar o carnaval? Esta certo carnaval é época de estar solteira, livre e desimpedida, mais essa é a melhor época para conhecer alguém. Temporada, verão, sol, praia. Tem coisa melhor?
Vou encerar o raciocínio por aqui, lembrei, tenho que escolher o modelito para o show do Natiruts. Curtir um reggae na beira da praia, tentar evitar o cheiro da maconha e os homens horripilantes que irão aparecer.
Mais um dia, mais um show, mais uma noite.!

Marcela Alves.    

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Bem no Fundo

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminski